QUANDO AS CONTAS NÃO FECHAM: EM QUE MOMENTO O PRIORIZAR OS ALGORITMOS PODE SER UM ENTRAVE NO ENSINO DE MATEMÁTICA

Evandro Alves Silva, Eline das Flores Victer

Resumo


Neste artigo buscamos investigar até que ponto o empenho do professor dos anos iniciais do ensino fundamental pode se tornar um entrave para a aprendizagem do aluno. Nossa investigação ocorreu em uma turma do 5º ano de uma escola de Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro. A essa turma foi aplicado um instrumento com questões de multiplicação e divisão pautadas no Campo Conceitual de Estrutura Multiplicativa. Nossa pesquisa teve como foco observar de que forma os alunos desenvolviam as suas respostas, apoiadas nas operações conhecidas por eles ou em outras estratégias de resolução. Nossa pesquisa verificou que, em sua maioria, os alunos utilizavam os algoritmos de multiplicação e divisão ensinados pelo professor, mesmo que isso não lhes permitisse encontrar uma resposta adequada. Foi percebido que o aluno acredita que, para resolver uma situação-problema, ele deve realizar uma conta, não importando se isso o levará a uma resposta coerente.

Palavras-chave


Algoritmo. Campos Conceituais. Situação-problema.

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DOI: https://doi.org/10.29031/pedf.v14i12.468

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Pedagog. Foco, Iturama (MG) - ISSN 2178-3039