ESTADO, POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS E FORMAÇÃO DE PROFESSORES: EM DISCUSSÃO A NOVA RESOLUÇÃO CNE/CP N. 2, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2019

Suzana Cristina de Freitas, Adão Aparecido Molina

Resumo


A proposta, nesse texto, é discutir as recentes orientações do Estado brasileiro para a formação de professores. O estudo foi feito por meio da análise comparativa entre a atual Resolução CNE/CP n. 2, de 20 de dezembro de 2019 (BRASIL, 2019), que define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial de Professores para a Educação Básica e institui a Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação), para atender os desígnios da Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017), e as anteriores, Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada em Nível Superior de Profissionais do Magistério para a Educação Básica - Resolução CNE/CP n. 2, de 1º de julho de 2015 (BRASIL, 2015). Metodologicamente, este trabalho tem caráter bibliográfico e documental, e utiliza o método histórico-dialético. Entende, portanto, que desde a década de 1990, há uma intensa modificação na legislação educacional brasileira, e a formação do professor é fundamental para levar em curso propostas educacionais, baseadas em princípios de competências, habilidades, flexibilidade e mais atualmente competências socioemocionais. Por conseguinte, os assuntos educacionais podem ser guiados pelas orientações que melhor se adequam às necessidades do mercado. Os professores ao terem conhecimento e refletirem sobre a maneira como são estabelecidas as políticas públicas, que direcionam a sua formação, poderão verificar se essas diretrizes atendem ao propósito de uma educação emancipadora ou apenas de coesão social.

Palavras-chave


Estado. Políticas Públicas Educacionais. Formação de professores.

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